sexta-feira, 22 de julho de 2011

amor de papel!



Como uma criança que copia sua lição várias vezes para não esquecer, também eu escrevo meu amor no papel para lembrar cada sentimento, sentir cada emoção, lembrar cada lágrima, e chorar cada saudade…
Meu amor de papel…
Escrevo nas linhas simples as rimas que o meu coração recita baixinho em cada batimento, apressado, assustado ou simplesmente aquietado. Junto nas palavras todo o eco que grita do meu ser…ou todo o vazio que preenche minha alma…
Os dias passados são depositados delicadamente nas folhas amareladas de um Outono por esquecer e que ainda valsa nos sentimentos, rodopiando ao sabor da brisa, trazendo sonhos que ficaram presos num amor… de saudade…
Há letras escritas em pedacinhos de papel, que de tão pequenos transformam-se em estrelas brilhantes que iluminam minhas noites de insónias, trazendo ao pensamentos palavras escondidas na alma que anseiam soltarem-se na quietude da noite…
Minha alma de papel…
Algumas palavras são escritas num tempo errado em que o papel, húmido de lágrimas caídas, se recusa a guardar. O futuro usado no sentimento chorado é logo apagado pela borracha da desilusão… Não se pode escrever o amanhã…                                                                                       Na folha de minha vida, o amor que será, ainda fica por escrever…
O papel do meu amor presente é todo aquele em que cabe teu nome. Não importa o tamanho nem a textura, se nele couber todas as sensações e todos os meus sentidos. Só tem de ser um papel resistente, capaz de aguentar a força das lágrimas e das desilusões e suficientemente macio para acolher as palavras suaves de um beijo…
julianaG

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